Historia e trabalhos desenvolvidos pela (ASDEPB)



A (ASDEPB) Associação dos Deficientes do Compartimento da Borborema , fundada em 04 de março de 2003, localizada na rua Drº João Moura,56-Bairro:São José nesta cidade, tem o compromisso registrado em seu estatuto de lutar pelos direitos das pessoas com deficiências.



A frente desta Instituição uma diretoria formada por pessoas com deficiência os quais são: O presidente Srº Valmir Tavares Dutra,o vice presidente Srº Josias Paulino de Oliveira, o secretario Srº Rodrigo Leite de Lima, e o tesoureiro Srº Radames Cordeiro de Morais,A associação tem seu cadastro junto com CMES- Conselho Municipal de Assistência Social, desde fevereiro de 2006, e possui reconhecimentos de utilidade publica Municipal e Estadual, A associação visando o bem estar social das pessoas com deficiência possui um convenio junto com a prefeitura Municipal da cidade de Campina Grande que são: a triagem de órtese e prótese junto a secretaria Municipal de Saúde, a triagem de documentos de passe livre Municipal, junto a STTP; a reforma de nossa sede junto a SOSUR e a marcação de exame de tipagem sanguínea para emissão do passe livre,junto a SMS, adicionalmente parcerias com a FUNAD - Fundação de Centro de Integrado de Apoio ao Portador de Deficiência na triagem do passe livre inter-municipal e encaminhamento através do IPEP para o mercado de trabalho. Hoje a associação tem encaminhado muitos associados parra o mercado de trabalho, oferecendo cursos gratuitos do SENAI, em todas as modalidade, e a Associação tem se empenhado na orientação do Direitos nas carteiras de Gratuidades no transportes nas esferas Municipal, Estadual e Federal.

As políticas públicas voltadas para as pessoas com deficiência são recentes no Brasil. Somente com a Constituição Federal de 1988 é que há um grande passo para implementação de ações que beneficiem diretamente essas pessoas, reconhecendo a necessidade de promover e protegê-las das diversidades de obstáculos na sociedade, as quais inibem suas autonomias de locomoção e suas capacidades produtivas. A Constituição reconheceu a importância de acessibilidade aos meios físicos, sociais, econômicos, culturais, à saúde, educação, transporte, informação e comunicação, possibilitando as pessoas com deficiência o pleno desfrute de todos os direitos humanos e liberdades fundamentais.
No entanto, a implementação dessas Leis ainda carece de ações concretas. As Leis, por si sós, não garantem o pleno gozo dos direitos, pois faltam ações no sentido de permitir que os direitos dos deficientes sejam respeitados. É preciso, não só por parte do poder público como também da sociedade, a promoção, a formulação e a avaliação de políticas, planos, programas e ações que visem à equiparação de oportunidades para as pessoas que tenham algum tipo de deficiência, erradicando as barreiras atitudinais e ambientais, proporcionando a sua plena e efetiva participação na sociedade com iguais oportunidades com as demais pessoas.

Estima-se que no Brasil haja pelo menos 28 milhões de pessoas com deficiência. Em Campina Grande/PB são 55 mil. Isto requer uma mudança de postura nas políticas públicas uma vez que a demanda é muito grande para o número de ações voltadas para esse público. Os poderes públicos não conseguem atender a todas as demandas. Por causa disso, entidades não governamentais contribuem para implementação de tais políticas, auxiliando no oferecimento de serviços de reabilitação e na garantia de seus direitos.
Dessa forma, a Associação de Deficientes do Compartimento da Borborema – ASDEPB – oferece diversos serviços para os deficientes do estado da Paraíba, dentre eles, o serviço de reabilitação. Este se trata de um serviço voltado para a saúde do deficiente, garantindo um conhecimento maior sobre sua deficiência, podendo ser restrita a restauração de funções quanto pode vincular-se ao processo de participação social da pessoa com deficiência, realizando um trabalho para a diminuição das dificuldades tendo em vista que temos em nossa cidade diversos tipos de deficiência as quais necessitam anualmente da substituição de suas Òrteses e suas Próteses.

Em Campina Grande, os Principais tipos de Órteses e próteses, sao dispositivos ultilizados na area de saúde, com a finalidade de melhorar a capacidade funcional do individuo, alinhando e prevenindo e até corrigindo deformidades das partes móveis do corpo, os quais utilizam espaço físico e equipamentos adequados às diversidades da deficiência, integrado com o ambiente e com intuito de intervenção com vistas a adaptações dentro do universo anatômicos e fisiológicos.

Por conta disto, existe uma emergência de atendimento de Órteses e Próteses no município e região. Por entender que a demanda é muito grande a ASDEPB objetiva oferecer Serviço de Fisioterapia especializada em reabilitação para usuário de Órtese e Prótese. A entidade recebe e acompanha cerca de 500 deficientes por mês, oferecendo diversos serviços que vai desde a reabilitação até o oferecimento de assessoria jurídica, perpassando por qualificação profissional e atenção à saúde e educação. Porém, o serviço de órteses e próteses é o mais procurado.

Há uma necessidade e urgência deste serviço para que muitos dos usuários possam de fato ser autônomo em vida societária. Porém, para o oferecimento do serviço é necessário à aquisição de Prótese e Òrteses tais como Cadeiras de Rodas, Cadeiras Higiênicas, Cadeira Especiais, Cadeira sob-medida, Cadeiras Tetraplégicas, Aparelho Tutores, Botas Ortopédicas, Calhas, Calhas Bilateral, Próteses Transfemoral, Próteses Transtibial, Proses Mamaria, dentre outros, sempre com acompanhamento técnico específicos para trabalhos fisioterápicos como recursos humanos para os desenvolvimentos dos trabalhos. Ambos requerem uma volumosa disposição de recursos. Dessa forma, a parceria com órgãos públicos é fundamental para a oferta desses serviços.

Principais tipos de próteses de pernas no mercado


Prótese Transtibial K.B.M
Utilizada para pacientes adultos. Com apoio e suspensão nos condilos femurais ("Kondilen Bettung Münster"). "já fora do mercado"



Prótese Transtibial P.T.B

Com apoio no tendão patelar ("Patelar Tendon Bearing"). Suspensão com correia supra-condileana ou coxal, sendo esta última indicada para cotos curtos ou com fraqueza do quadriceps."já fora do mercado"



















Prótese Transtibial com sistema Shuttle Locks

Os sistemas de liners estão entre as maiores conquistas da moderna tecnologia ortopédica. Graças ao sistema de encaixe adesivo de silicone, o paciente pode usar a prótese sem problemas por longos períodos de tempo. Para fazê-lo, basta vestir o membro residual com o liner macio e flexível e colocar a prótese. Desta forma, a pele sensível é efetivamente protegida contra os pontos de pressão. O liner de silicone garante que o membro residual tenha ótima adesão no encaixe e, portanto, reduz a incômoda fricção. Para uso diário ou em exigências especiais, os liners de silicone oferecem um alto grau de conforto ao usuário. Há uma ampla variedade de liners de silicone para atender às suas necessidades e exigências especiais. O liner possui um pino que é encaixado a um adaptador denominado shuttle lock integrado ao encaixe que seguram e soltam com o apertar de um botão. Vantagens:  Alto nível de conforto para o usuário;  Garante um firme encaixe do membro residual no soquete; aumentam o tempo de uso da prótese; protegem o membro residual contra pontos de pressão; material agradável à pele com pino de fixação na extremidade distal.



Prótese Transtibial com sistema de encaixe tipo VÁLVULA DE EXPULSÃO

O sistema de Válvula de Expulsão é um sistema de expulsão de ar, ou seja, todo ar que se apresentar na parte interna do encaixe é expelido para fora por uma válvula introduzida na parte externa do mesmo. O Liner modela-se junto ao coto graças ao sistema a vácuo proporcionando sempre um bem estar ao seu usuário. Este liner pode ser em silicon gel ou em poliuretano. Vantagens:  Sem Pistonamento entre coto e Encaixe; conexão prefeita da prótese ao coto; melhora a Circulação Sanguínea.  Esse sistema é composto por um liner, a válvula de expulsão e uma joelheira em gel.






















Sistema Harmony

Sistema Harmony.
A mais alta tecnologia em suspensão por vácuo para próteses transtibiais e transfemurais. 








Joelho Eletrónico C-Leg

A C-Leg é o primero e único sistema de próteses de perna em todo o mundo com as fases de apoio e balanço completamente controladas com um micro-processador. Mediante o uso desta tecnología única estabeleceu-se um novo nível de estabilidade, conforto mobilidade continuada para os amputados transfemurais. O amputado pode assim caminhar ultrapassando qualqer tipo de obstáculo.


Como se preparar para uma boa protetização


AMPUTAÇÃO DO MEMBRO INFERIOR

Tão importante quanto uma boa prótese, é uma boa cirurgia com corretas inserções musculares e nervosas e bom coxim terminal. Conheça os níveis de amputações dos membros inferiores.
imagem : fisioweb








ENFAIXAMENTO DO COUTO PARA REDUÇÃO

Caros amigos, o uso da faixa elástica é indispensável, quando o paciente é acometido a amputação o coto permanece como volume bastante acentuado devido ao acúmulo de líquidos nesta região, esta condição é chamado edema e para que a prótese se adapte ao coto é preciso fazer a redução deste edema, por isso, torna-se indispensável o uso da faixa elástica associada aos procedimentos fisioterápicos necessários.

EM AMPUTAÇÃO TRANSTIBIAL



É importante ter atenção à pressão, não pressionar demais o coto pois pode dificultar a circulação, deve ser maior na ponta (parte distal), e diminuindo à medida que for subindo.


EM AMPUTAÇÃO TRANSFEMURAL










Geralmente a faixa elástica vem em tamanho insuficiente para o enfaixamento de coxa, por isso, é preciso aumentar o comprimento costurando uma ponta a outra, utilize quantas forem necessário para a completa acomodação das partes moles.



POSIÇÕES CORRETAS QUE O AMPUTADO DEVE ADOTAR

AMPUTADOS DE COXA:
- SENTAR-SE SEMPRE COM O COTO EM POSIÇÃO ANATÔMICA;
PREFERIVELMENTE DEITAR-SE SEMPRE DE BRUÇOS;
- EVITAR QUE O COTO PERMANEÇA FLETIDO ( PARA FRENTE), ABDUZIDO (PARA FORA), ADUZIDO ( PARA DENTRO).
- QUANDO ESTIVER EM PÉ MANTÊ-LO O MAIS RETO POSSÍVEL.
AMPUTADOS DE PERNA:
- MANTER O JOELHO ESTENDIDO ( COTO ALINHADO COM A COXA);
- QUANDO FICAR SENTADO POR ALGUMAS HORAS, PÔR UMA CADEIRA OU UM BANCO À SUA FRENTE, PARA APOIAR O COTO.


 A DOR FANTASMA

Ehde (2000) afirma que a dor fantasma é definida com sensação de dor percebida pela falta de uma parte do membro amputado, enquanto que a dor de membro residual é percebida na origem da porção residual do membro. Para Friedmann (1994) e May (2003) a dor fantasma pode ser distinguida da sensação fantasma, dor no coto e dor referida. Se a sensação no membro for dolorosa, incómoda e desagradável, com fortes parestesias, ela é designada de dor fantasma. A sensação fantasma geralmente ocorre e é esperada, ao passo que a dor fantasma não o é. Partes que foram esmagadas e aquelas na qual a ablação foi retardada são geralmente mais dolorosas do que as que foram removidas imediatamente por condições não dolorosas. A mudança de alguns valores internos já estabelecidos, referentes tanto a situação de perda como da auto-imagem e auto-estima deve ser trabalhada para propiciar melhor elaboração e aceitação da perda ocorrida, bem como enfrentar a depressão decorrente da situação.

A PRÓTESE
Existem no mercado vários modelos de próteses que fazem as mesmas funções, com algumas diferenças no conforto para o paciente. Os tipos de próteses são basicamente dois: Endoesqueléticas (aquelas com componentes modulares ou seja metal)  e as Exoesqueléticas (confeccionadas inteiramente em resina). As melhores são as Endo. 
O melhor tipo de prótese é aquela que atende a necessidade do paciente em altura, comforto peso e etc, vários fatores devem ser observados antes da escolha: idade do paciente, peso, condição física e etc.


Resina Exoesquelética: Confeccionada em resina acrílica, com reforço em fibra de carbono, pé sach. Menor custo porém mais pesada e menor possibilidade de modificação de alinhamento.Tubular Endoesquelética:
Material Tubular em aço, alumínio ou titânio. Soquete confeccionado em resina com reforço em fibra de carbono. Revestimento cosmético e meia na cor da pele.

Resina Exoesquelética:
Confeccionada em resina, com reforço em fibra de carbono, joelho em madeira articulado nacional ou importado, pé sach ou articulado.
Menor custo, porém mais pesada.
Tubular Endoesquelética:
Material Tubular em aço, alumínio ou titânio. Soquete confeccionado em resina com reforço em fibra de carbono. Revestimento cosmético e meia na cor da pele. Pé Sach ou Articulado e joelho de acordo com o nível de atividade, peso e idade do paciente.



ENCAIXES PARA PRÓTESES DE MEMBROS INFERIORES 


O encaixe tem importância fundamental para a qualidade final de uma prótese, independentemente se esta é convencional ou modular. Ele é o elo de ligação entre o coto e a parte distal da mesma, e erros de confecção não podem ser compensados pelo alinhamento ou componentes de última geração.
O encaixe deve satisfazer os seguintes requisitos básicos:

a) envolvimento preciso do coto
b) a não inibição da circulação sanguínea
c) contato total
d) maior descarga distal possível

a) Envolvimento preciso do coto

O volume interno do encaixe deve acolher todo o coto, incluindo os tecidos moles, isto é, deve-se evitar a formação de um cinturão de tecidos moles na altura do bordo.
Por outro lado, não pode haver folga entre as paredes do encaixe e o coto, o que ocasionaria um "pistonamento" durante a marcha, ou a formação de uma pseudo-artrose entre o coto e o encaixe.

b) Não inibição da circulação sanguínea

Ao confeccionar o encaixe, é importante evitar entranhas na região proximal do encaixe, o que inibe o retorno de sangue venoso. Isto pode ocorrer, por exemplo, quando não existe contato na parte distal do encaixe, e quando a parte proximal é mais justa para segurar o encaixe.
De modo geral, a forma do encaixe não deve prejudicar a circulação arterial, venosa e linfática, o que torna a protetização de pacientes com problemas vasculares extremamente difícil.

c) Contato total

Quanto maior a superfície de contato do coto com as paredes do encaixe, melhor é a suspensão da prótese.
Normalmente toda a região do coto suporta pelo menos um contato. Vale salientar que o contato total estimula a circulação do sangue.

d) Descarga distal

A descarga distal tem uma importância muito grande para o usuário da prótese, já que transmite a sensação de pressão proveniente do solo, ao colocar peso sobre a prótese. Quanto maior a descarga distal, menor é a pressão sobre as regiões proximais do coto.

ENCAIXES PARA AMPUTAÇÕES ABAIXO DO JOELHO
Tipos de encaixe:

Os três tipos de encaixes para próteses abaixo do joelho mais utilizados são: PTB, PTS, KBM.

PTB (Patella Tendon Bearing)

A descarga de peso é feita sobre o tendão patelar. O bordo proximal do encaixe termina a nível do centro do joelho. A suspensão da prótese é feita através de uma correia supracondiliana, que envolve a perna de forma circular pouco acima do joelho.
A desvantagem deste tipo de suspensão é o perigo de estrangulamento da região acima do joelho, o que pode inibir a circulação sanguínea.
KBM ( Kondylen Bettung Münster)

A descarga de peso é feita sobre o tendãopatelar, como no encaixe tipo PTB. Os encaixes diferenciam-se na forma do bordo proximal. A patela encontra-se totalmente livre, e o bordo possui duas orelhas que envolvem os côndilos medial e lateral. O encaixe exerce pressão acima do côndilomedial, e a diminuição da medida médio-lateral garante uma boa suspensão da prótese, sem a necessidade de uma correia.Atualmente é a mais usada por proporcionarmelhor resultado em todos os aspectos.



PTS ( Prótese Tibiale Supracondylienne)

A diferença é o envolvimento total da patela, isto é, o bordo ventral superior termina acima da patela, exercendo pressão sobre o quadríceps. Além da suspensão supracondiliana cria-se mais um ponto de fixação do encaixe entre o quadríceps e a musculatura de flexão.
Este sistema de encaixe é indicado para cotos extremamente curtos, mas tem desvantagens do aspecto cosmético. O bordo ventral superior fica extremamente saliente ao sentar-se, isto é, na posição fletida.


ENCAIXE PARA DESARTICULAÇÃO DO JOELHO
A desarticulação do joelho é um nível de amputação que ganhou muita importância nos últimos anos, devido as ótimascaracterísticas do coto, quepossibilita boa descarga de peso na parte distal, sem a necessidade de apoio sobre atuberosidade isquiática. Consequentemente, o bordo proximal não precisa ser demasiadamente  alto, o que  aumenta o conforto de uso.
O encaixe em resina acrílicapossibilita um bom contato total. O encaixe interno macio fabricado em polifórmio é mais espesso na região proximal doscôndilos, proporcionandosegurança e uma boa suspensão da prótese. Desta maneira, não é necessário a utilização de uma válvula de sucção para este nível de amputação.
A precisão e a qualidade do encaixe é de importância fundamental para o resultado da reabilitação, e depende da habilidade e a experiência do técnico ortopédico. É importante respeitar a formaanatômica do coto e aliviar a pressão nos pontos mais críticos, aoconfeccionar o encaixe.


CUIDADOS COM A PRÓTESE

1- Água, suor e umidade são perigosos aos componentes da prótese, causando oxidação e ferrugem.

2- A higiene é muito importante. O acúmulo de suor dentro do encaixe, além de mal cheiro, pode causar problemas dermatológicos.
3- Para remover as secreções acumuladas, use um pano ou esponja levemente umedecidos com água e sabão neutro, álcool ou uma solução antisséptica.
Lembre-se prevenir é o melhor remédio.

A PRÓTESE DE BANHO













O que é a prótese de banho? 
É uma prótese confeccionada sem componentes modulares, ou seja, sem componentes metálicos, por ser produzida inteiramente em resina ela torna-se adequada para ser utilizada em ambiente aquático, bem como, em áreas de salitre, após o seu uso deve ser limpa e enxuta para que tenha maior durabilidade.

colaboração do blog http://ortotecnica.blogspot.com

A história da prótese


     A prótese mais comum é a dentária. Assim o protético ortopédico deve deixar bem claro que não é um protético dentário. Portanto Edelstein, Joan E. ( 1993 - 465/466 ) relata que o conceito da substituição de um membro perdido é muito antigo. As próteses como o galho em forquilha usado na sustentação de um membro amputado abaixo do joelho ) eram conhecidas na antigüidade. 

     O Historiador romano Heródoto escreveu em 484 a.C. sobre um homem persa que escapou das algemas de ferro que prendiam sua perna cortando fora seu pé, e substituindo-o por um pé de madeira. A mais antiga prótese a sobreviver até os tempos modernos foi uma perna de cobre e madeira, datando do terceiro século a. C. . O Talmund, antedatando o sexto século, contém referências a uma " perna de pau " acolchoada. As próteses de membro inferior e superior existem desde a antiguidade, possivelmente desde a pré-história. Da época do renascimento já há exemplos de próteses sofisticadas, especialmente do ponto de vista estético. A funcionalidade das próteses anteriores ao século XX sempre foi bastante limitada pela falta de materiais específicos, conhecimentos de fisioterapia indispensáveis a uma boa protetização e, principalmente, pelo estágio rudimentar da medicina, como o desconhecimento da assepsia e antibióticos, provocando a morte da maior parte dos candidatos à amputação. Foi apenas no século XIX ( 1800 ) que se passou a utilizar o torniquete de forma sistemática; antes de 1600 não se conhecia nem o enfaixamento do coto para estancar o sangramento, sendo usados métodos rudimentares, como cauterização e esmagamento. Após duas guerras mundiais, havia um grande contigente de amputados que necessitava ser protetizado. Na época da primeira guerra , já existem próteses com articulações de joelho, porém seu custo era elevado: os componentes tinham de ser confeccionados individualmente em aço. Assim, ficava restrito ao uso de pernas de madeira, ou de alumínio, para o público em geral. De lá para cá, a técnica ortopédica evoluiu muito e desenvolveram-se componentes pré-fabricados e padronizados, possibilitando, em larga escala, uma reabilitação funcional e o fisioterapeuta deve estar familiarizado com suas características bem como sua manutenção. Objetivo da Protetização é reabilitar o paciente para uma vida normal e integra-lo à sociedade, permitido a sua locomoção através da prótese inserindo um maior grau de função nas suas atividades de vida diária e profissionais recaindo em uma melhor qualidade de vida. 

                                           
Próteses da época dos faraós encontrada                                  
 em uma múmia no ano 2000 no Egito
                                                                                        
                    
                                                                                                                                         Prótese moderna com pé biônico

Considerações ao optar pelo tipo de prótese.

1 - O tipo de amputação: Para cada tipo de amputação temos um modelo de prótese, seja modular ou convencional e de acordo com o nível da amputação temos materiais que melhor se adaptam ou que a tornariam mais leve.

2 - As condições do coto: O fisioterapeuta deve se preocupar com as condições do coto para que não ocorra fatores que possam interferir na protetização do encaixe do coto com a prótese que são as setes:
  • a) Aderência cicatricial: A aderência limita a mobilidade do coto, podendo gerar um quadro álgico importante o que vai gerar a não transferência de peso para a prótese causando uma claudicação e marcha irregular.
  • b) Orelha de cão: A orelha de cão é quando após uma amputação observamos na extremidade lateral e medial do coto de amputação uma quantidade de tecido adiposo similar a uma orelha de cão e que pode vir a ser um fator de interferência na protetização por dificultar a acomodação do coto ao encaixe da prótese.
  • c) Infecção: A infecção deve ser acompanhada com muita atenção pois a sua evolução poderá acarretar em nova cirurgia de amputação ou ainda prolongará muito mais o tempo de adaptação à prótese.
  • d) As sensações de membro fantasma e dor fantasma: São sentidas por quase todos os amputados, exceto os congênitos algum tempo após a protetização.
  • e) Neuroma: A formação de um neuroma no coto de amputação em sua extremidade acarretará em " choques " em sua extremidade ao realizar a percussão pelo fisioterapeuta pode ser um fator interferência durante a adaptação com a prótese.
3- As condições físicas e o perfil do paciente:
  • a) Idade: A idade é um fator que de deve ser observado com muita atenção, pois não devemos ignorar a capacidade do idoso, porém devemos respeitar seus limites e sua vontade. O paciente jovem terá com certeza um maior desenvolvimento de suas habilidades motoras, cinestesicas e proprioceptivas permitindo uma rápida e eficaz protetização.
  • b) peso: Qualquer aumento ou redução de peso poderá afetar a adaptação a prótese, portanto o paciente deve ser orientado a manter um peso ideal evitando assim complicação com a prótese.
  • c) Nível de atividade: O tratamento fisioterápico para protetização e o tipo de prótese dependerá do nível de atividade física, pois se estamos com um paciente desempenha alguma atividade desportiva consequentemente seu programa de tratamento fisioterápico será elaborado com atividades dinâmicas e voltado para prática desportiva desejada e os componentes de sua prótese serão dinâmicos para conseguirmos maior desempenho e performance. Caso seja uma paciente sedentário utilizaremos o tratamento fisioterápico voltado para as suas necessidades básicas e uma prótese capaz de atender suas expectativas. A Expectativa do Paciente em Relação à Prótese É fundamental procurarmos saber do paciente qual a sua expectativa em relação a prótese pois cada paciente possui uma idéia em relação a utilização da prótese, alguns pacientes  querem voltar a trabalhar, outros correr, praticar esportes, e outros mais limitados apenas querem deambular dentro de casa ou ir até a esquina realizar compras básicas ir na padaria, praça, açougue e outros. Tipos de Próteses Existem basicamento dois tipos de grupos de próteses
  1. Próteses convencionais: São feitas em resina ou com componentes em plástico e madeira. São indicadas para todos os níveis de amputação com exceção da desarticulação de joelho. Trata-se de um sistema robusto, utilizado principalmente quando situações adversas como determinadas atividades ou hábitos do paciente, condições geográficas, etc, não permitem o uso de próteses mais sofisticadas, segundo a experiência do autor deste artigo em nosso ambulatório não utilizamos próteses convencionais acima do joelho devido seu peso excessivo acarretando dificuldades graves na deambulação ocorrendo em desistencia de utilização pelo paciente, o que dificilmente ocorre nas próteses modulares.
  2. Próteses modulares: Também chamada de prótese endoesqueletica com revestimento cosmético em espuma, este sistema foi lançado em 1969, pela OTTO BOCK, sendo desde então constantemente aperfeiçoado, podem ser utilizadas em todos os níveis de amputação de membro inferior, são constituidas por vários módulos ajustáveis e intercambiáveis entre si, mais leves e estétivas por serem revestidas de espuma cosmética, seus componentes podem ser em aço, titâneo ( um metal extremamente leve e resistente ), alumínio e fibra de carbono. essas próteses oferecem ampla linha de opções para uma protetização eficaz. Sistemas de Encaixe Os encaixes das próteses evoluíram muito nos últimos anos. As resinas substituíram muito nos últimos anos. As resinas substituíram os encaixes de madeira e, mais recentemente, os materiais termoplásticos estão substituindo as resinas.
4) Encaixe para Amputação Acima do Joelho:
  • a) Quadrilátero: É o tipo de encaixe mais antigo em utilização no mercado foram desenvolvidos nos Estados Unidos na década de 40, a partir de modelos europeus, onde a pressão maior é exercida no isquio, apoiado no bordo posterior . É feita compressão em áreas funcionais, favorecendo atrofia; a medida médio-lateral é mais larga, ocasionando deslocamento lateral do fêmur; a marcha é feita com inclinação lateral de tronco. Nos pacientes que usam o encaixe pela primeira vez, o apoio isquiático pode se apresentar doloroso, já que a descarga de peso é feita quase totalmente naquela região.
  • b) Contenção Isquiática: É o tipo de encaixe mais recente utilizado com maior frequência em pacientes jovem e praticam atividade desportiva ou que são bastante dinamicos, Surgiram na década de 80 e apesar de largamente aplicados são bastantes recentes. A distribuição de peso é sobre todo o coto, principalmente sobre o ramal do ísquio. Há maior controle dos músculos funcionais e maior estabilidade da estrutura óssea e da adução natural do fêmur; os músculos funcionais ficam liberados, limitando a atrofia. Encaixe Para Amputação Abaixo do Joelho:
  1.  KBM ( Kondylen Bettung Munster, significa em alemão, acomodação dos côndilos de Munster ): É o encaixe mais utilizado, a prótese com descarga no tendão patelar e sustentação por envolvimento do côndilo tibial medial e inserção de uma cunha podendo ser utilizado também em cotos curtos.
  2. PTB ( Patellar Tendon Bearing, isto é, com descarga no tendão patelar ). A descarga é feita em baixo da rótula mediante uma saliência no encaixe que comprime a região e sobre a qual se projeta parte do peso. O modelo original, da década de 50, era sustentado por uma correia, passando acima do joelho. Atualmente o termo é usado para qualquer prótese com descarga no tendão patelar, independente do modo de sustentação.
  3. PTS ( Protése Tibiale Supracondilienne, em Francês, Prótese tibial supracondiliana ) Prótese com descarga no tendão patelar e suspensão por envolvimento dos côndilos ( saliências da cabeça do osso ) lateral e medial da tíbia e da patela. Tipos de joelhos
  • A) Joelhos Convencionais: Existem vários tipos de articularções de joelho, temos o mais usado: JUPA ( Jurgen Paul da OTTO BOCK ) com freio a carga; joelho com trava; o joelho com mola de extensão e o joelho geriátrico.
  • B) Joelhos Modulares : Existem muitas opções de articulações de joelho, desde com trava até com regulador hidráulico. Segundo o autor do artigo o mais utilizado em nosso dia a dia e o 3R15 que freia com a carga do paciente evitando assim quedas e permitindo maior segurança sendo utilizado em pacientes pouco ativos. Tipos de pés protéticos Pé SACH ( Solid Ankle Cushioned Heel ) Tornozelo rígido e calcanhar estofado, é indicado para todos os tipos de próteses em especial para próteses abaixo do joelho. Pé dinâmico O pé dinâmico é indicado para todas as próteses, especialmente abaixo do joelho, a principal diferença do pé dinâmico em relação aos outros pés sem articulação é a sua capacidade de deformação elástica. Ela é responsável pelas seguintes caracteristicas, entre outras: bom amortecimento através do calcanhar, comportamento dinâmico durante a fase de apoio, passagem dinâmica entre a fase de apoio e a fase de balanço, compensação e absorção de irregularidades do solo entre outros. Pé articulado É indicado para todos os tipos de próteses, em especial para desarticulações de joelho, amputações acima do joelho e desarticulação de quadril. Pé Dynamic pro ( 1D 20 ) É indicado para todas proteses modulares especialmente para pacientes muito ativos, pois possue elasticidade graduada, compressão axial elástica, absorção de irregularidades do solo acúmulo e devolução de energia atravésdo ante-pé. Pé OTTO BOCK ACTIVE LINE ( 1C30 ) É indicado para todas as próteses modulares especialmente para pacientes ativos e que praticam esportes, são fabricados de acordo com os dados do paciente de forma individualizada, possui elasticidade e conforto durante a marcha normal, grande força de reação durante a marcha rápida e a corrida, peso reduzido com alta estabilidade. Pé Greissinger É indicado para todas as próteses modulares, com exceção de próteses curtas abaixo do joelho, possibilitam movimentos em todas as direções. Pé Multiaxial Este pé permite movimentos em todas as direções alem de possuir as características do pé dinâmico, possui ótimo amortecimento através do calcanhar elástico e da articulação, rápido contado do ante-pé através da flexão plantar, maior segurança do joelho devido a limitação da flexão dorsal e a elásticidade do ante-pé, gerando um momento de força contrário entre outras. 

Leis Pertinentes aos Deficientes Físicos


Estas leis foram fornecidas pela comissão dos direitos da Pessoa com deficiência da OABSP
LEI Nº 7.405, DE 12 DE NOVEMBRO DE 1985.
Torna obrigatória a colocação do ‘’Símbolo Internacional de Acesso” em todos os locais e serviços que permitam sua utilização por pessoas portadoras de deficiência e dá outras providências.

LEI Nº 7.752, DE 14 DE ABRIL DE 1989.
Dispõe sobre benefícios fiscais na área do imposto sobre a renda e outros tributos, concedidos ao desporto amador.

LEI Nº 7.853, DE 24 DE OUTUBRO DE 1989.
Dispõe sobre o apoio às pessoas portadoras de deficiência, sua integração social, sobre a Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência - Corde, institui a tutela jurisdicional de interesses coletivos ou difusos dessas pessoas, disciplina a atuação do Ministério Público, define crimes, e dá outras providências.

Estatuto da Criança e do Adolescente
LEI Nº 8.069, DE 13 DE JULHO DE 1990.
Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências.

LEI Nº 8.160, DE 8 DE JANEIRO DE 1991.
 Dispõe sobre a caracterização de símbolo que permita a identificação de pessoas portadoras de deficiência auditiva.

DECRETO No 129, DE 22 DE MAIO DE 1991.
Promulga a Convenção nº 159, da Organização Internacional do Trabalho - OIT, sobre Reabilitação Profissional e Emprego de Pessoas Deficientes.

Lei Orgânica da Seguridade Social
LEI Nº 8.212, DE 24 DE JULHO DE 1991.
Dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá outras providências.

DECRETO Nº 3.298, DE 20 DE DEZEMBRO DE 1999.

Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências.

LEI No 10.048, DE 8 DE NOVEMBRO DE 2000.
Dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e dá outras providências.

LEI No 10.098, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000.
Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

LEI No 10.226, DE 15 DE MAIO DE 2001.
Acrescenta parágrafos ao art. 135 da Lei no 4.737, de 15 de julho de 1965, que institui o Código Eleitoral, determinando a expedição de instruções sobre a escolha dos locais de votação de mais fácil acesso para o eleitor deficiente físico.

Lei de Líbras
LEI Nº 10.436, DE 24 DE ABRIL DE 2002.
Dispõe sobre a Língua Brasileira de Sinais - Líbras e dá outras providências.

Estatuto do Idoso
LEI No 10.741, DE 1º DE OUTUBRO DE 2003.
Dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências.

LEI No 10.845, DE 5 DE MARÇO DE 2004.
Institui o Programa de Complementação ao Atendimento Educacional Especializado às Pessoas Portadoras de Deficiência, e dá outras providências.

DECRETO Nº 5.296 DE 2 DE DEZEMBRO DE 2004.
Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências.

LEI Nº 11.126, DE 27 DE JUNHO DE 2005.
Dispõe sobre o direito do portador de deficiência visual de ingressar e permanecer em ambientes de uso coletivo acompanhado de cão-guia.

LEI Nº 11.133, DE 14 DE JULHO DE 2005.
Institui o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência.

Art. 1o É instituído o Dia Nacional de Luta da Pessoa Portadora de Deficiência, que será celebrado no dia 21 de setembro.


Leis do deficiente: